Para esta exposição apresento inicialmente 14 objetos de parede e 10 objetos em base.
Iniciamos pelo mais simples: uma forma cilíndrica, migrando para formas mais complexas, que podem remeter a um vaso, uma urna funerária, um barco, uma montanha ou um casulo, numa aproximação simbólica de objetos cotidianos de uso humano esvaziados de sua função, ou de elementos do ambiente natural deslocados/relocados em um novo contexto. No processo de criação e execução dos objetos há um detalhado e desafiante sistema de construção em técnicas de papietagem sobre estruturas de delicado, porém sólido, equilíbrio.
O revestimento exterior obedece a um processo quase aleatório de desenhos ou gravuras, colagem, pintura e desenho, em múltiplas sobreposições e justaposições, integradas por uma ¨costura¨ com um contorno marcante, criando e dando sentido a um movimento que perpassa todo o trabalho.
Os objetos de parede, por outro lado, parecem fundir-se com esta, criando uma ilusão no espectador de uma parte invisível, submersa, escondida dentro da parede. Estabelecem-se, dessa forma, relações de incorporação e continuidade do objeto com a base e com a parede, deixando de ser duas instâncias diferentes ou contraditórias, ficando integradas num só objeto.
Com esta exposição de objetos pretendo oferecer ao público, especialmente a quem acompanha a minha trajetória, a oportunidade de fazer uma leitura qualificada da minha produção atual.
Confira imagens das obras nos meus álbuns. Clique nas fotos da exposição na coluna Meus Álbuns, ali do lado...
Nenhum comentário:
Postar um comentário